Reajuste representa ganho real de 10% e supera em quase 19% o valor do mínimo nacional
Publicado em 30/4/2025 - 11:00
Atualizado em 5/5/2025 - 11:22
São Paulo (SP) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enviou à Assembleia Legislativa do Estado de SP nesta quarta-feira (30), um projeto de lei para aumentar o salário mínimo paulista para R$ 1.804,00. O novo valor representa um reajuste de 10% em relação ao piso estadual atual, estabelecido em 2024, e supera em 18,84% o mínimo nacional, hoje fixado em R$ 1.518.
A proposta reflete uma política de valorização do poder de compra dos trabalhadores paulistas e segue a tendência adotada nos últimos anos pelo governo estadual. Segundo Tarcísio, a medida também funcionará como estímulo à economia local. “Estamos falando de um ganho real da ordem de 27% desde a nossa chegada. Conseguimos chegar a um equilíbrio para oferecer o salário mínimo de R$ 1.804. É um recurso que chega em boa hora, no momento em que as pessoas estão pressionadas pelo preço dos alimentos. É uma injeção de recursos na nossa economia, que será extremamente relevante”, afirmou o governador.
Acima da inflação e com impacto econômico
Esta é a terceira vez consecutiva que o reajuste do piso estadual proposto pelo governo paulista supera a inflação acumulada no período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A inflação oficial dos últimos 12 meses foi de 4,77%, o que significa que o reajuste de 10% representa um ganho real para os trabalhadores que recebem o piso.
Desde 2022, último ano antes da atual gestão estadual, o salário mínimo de São Paulo já acumula alta de 40,5%, frente a uma inflação de 15,10% registrada nos últimos três anos. Esses números reforçam o esforço da gestão estadual em manter o piso acima do crescimento do custo de vida.
Tramitação
O projeto de reajuste segue agora para análise nas comissões da Alesp e, posteriormente, será votado em Plenário. Se aprovado, vai para sanção do governador beneficiando diretamente milhares de trabalhadores paulistas vinculados a categorias que adotam o piso estadual como referência.
O salário mínimo estadual é aplicável, principalmente, a trabalhadores que não possuem convenção ou acordo coletivo de trabalho, sendo uma referência importante para setores mais vulneráveis do mercado formal de trabalho.
Saiba mais:
O piso salarial paulista foi criado em 2007 e possibilita que os trabalhadores ganhem acima do salário mínimo nacional. Para que o reajuste seja concedido, o governo estadual leva em consideração algumas condições, como demanda da mão-de-obra e o custo de de vida das pessoas.
Além de São Paulo, os estados do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também possuem pisos salariais individuais.
Texto: Com informações do Governo do Estado de São Paulo
Fotos: Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP